Resposta a postagem da Julia

Julia, você esta passando por um transtorno alimentar chamado bulimia, onde as principais características como você citou são os episódios de compulsão alimentar seguidos de comportamentos compensatórios para evitar o ganho de peso.Na maioria dos casos e como também no seu as pessoas que sofrem de bulimia estão dentro do peso ou levemente acima ou abaixo. A compulsão alimentar "camufla" temporariamente os sentimentos negativos, mas este estado é rapidamente seguido por sentimentos de culpa. A bulimica sente vergonha dos seus ataques de compulsão (binge), e entende seu comportamento como uma falta de controle, o que é uma das razões para a baixa auto-estima: "Existe alguma coisa "errada" comigo, sou "imperfeita", porque não consigo me controlar". É difícil para alguém que sinta desta forma procurar ajuda. As complicações medicas mais comuns da bulimia incluem arritmias cardíacas, sangramentos do esôfago, distúrbios eletrolíticos, problemas gastrintestinais e dentais. As complicações medicas da bulimia podem ser tão severas quanto as da anorexia. Da mesma forma que a anorexia, a bulimia pode levar a morte, se não tratada de maneira adequada.Como pode ver Julia você não pode de maneira nenhuma se entregar e viver em base disso pois como viu as conseqüências fogem a somente vômitos. A bulimia é um distúrbio psicológico e deve ser tratada como tal e você pode vir a precisar de acompanhamento de uma equipe multidisciplinar com médico, nutricionista e psicólogo.Contar com o apoio da família, também será muito importante na sua recuperação.Julia sei que para quem esta de fora, as coisa parecem ser mais fáceis e que somente quem vive a situação sabe o quanto é difícil, por isso peço que tenha força , tenha força para lutar contra a bulimia, e essa força tem que começar de você, mas ela não precisa resumir em você, não tenha medo , vergonha, qualquer outro sentimento que impeça você de buscar ajuda especializada, da família e amigos. Todos nos estamos sujeitos a passar por dificuldades na vida, não serão as quantidades de vezes com que caímos que dirá quem somos, mas a quantidade de vezes com que levantamos. Beijos e boa sorte